Lisboa é linda – a Estação do Rossio
Considerada como uma das mais belas estações ferroviárias do
mundo, a Estação do Rossio está situada entre a Praça do Rossio e a Praça dos
Restauradores. Trata-se de uma obra emblemática Neo-Manuelina, planeada nos
anos de 1886/7 e desenhada pelo arquiteto José Luís Monteiro. Nesse mesmo ano
começou a demolição de vários prédios, para iniciar a construção da estação. Em
1932, parte daqui o primeiro Comboio Mistério, um comboio especial promovido
pelo Serviço de Turismo e foi em 1943, que a partir do Rossio que se fez a
viagem inaugural do Lusitânia Expresso. Atualmente o edifício está classificado
desde 1971 como imóvel de interesse público.
A Estação do Rossio foi recentemente renovada mas o complexo
original incluía o edifício da estação com a cobertura metálica, um prédio
anexo que albergava o hotel, o Túnel do Rossio, e as rampas de acesso ao Largo
do Carmo. No séc. XX, a Estação foi frequentemente servida pelo Sud Expresso e
recebia mercadorias, dispondo, em 1940, de um serviço de despacho próprio para
este tipo de transporte.
Conquistou em definitivo um lugar na história a quando do assassinato
do Presidente Sidónio Pais, que é aqui morto a tiro por José Júlio da Costa. O
Presidente da República vinha de Belém para o Rossio onde apanharia o comboio com
destino ao Porto e viajava acompanhado do seu irmão e do seu filho. No entanto,
há sua espera, no meio da confusão e dos populares estava o seu assassino que iria
disparar sem hesitar. Depois é a grande confusão, os gritos, as correrias e o pânico.
O Presidente viria a morrer nessa noite e a história de Portugal mudaria em consequência
desse ato.
Hoje em dia a estrutura conserva toda a sua beleza mas por
aqui já só param o Alfa Pendular, o Intercidades, o Internacional e o Regional.
A Estação tem ligação ao Metro, a autocarros e a táxis e apresenta como
serviços complementares a guarda de bagagem, telefones públicos, caixas
Multibanco, bar e zona comercial.
A cadeia Starbucks já
ocupou uma parte da estação dando-lhe um ar mais moderno e cosmopolita mas cá
fora, os velhos vendedores de cromos, continuam a sua vida como se o tempo nem
tivesse passado por ali.
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