Vamos descobrir Portugal?
O blog e o livro Teresa Vai de Férias inspiraram a Globalis
que criou programas para fazer férias cá dentro. Venha à boleia comigo, conhecer
o nosso país.
Em 2015 passei pela Benfeita, a matar saudades de tempos em
que a amizade e o amor se confundiam e em que a vida tinha mais sabor quando
era vivida em grupo. Posso dizer que já fui muito feliz na Benfeita, tão feliz
que acho que vos devo convidar a descobrir um dos lugares mais bonitos e puros
da região centro.
A aldeia da Benfeita está quase igual, fica no concelho de
Arganil, está inserida junto à Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor e é
uma das 24 que fazem parte da Rede das Aldeias do Xisto. De acordo com o site
das Aldeias de Xisto, esta é única aldeia no Mundo que exalta a paz com uma
torre, um sino e um relógio. Como curiosidade, a sua torre sineira continua a
celebrar o fim da II Guerra Mundial com 1620 badaladas todos os dias 7 de maio.
Aqui descobre-se um pequeno lugarejo simples, bem tratado e
pacato onde impera o casario antigo e branco bastante bem cuidado e onde é
muito fácil ouvir o barulho da água por todo o lado pois a aldeia é atravessada
por duas ribeiras, a do Carcavão e a da Mata. É ainda obrigatório subir à Fonte
das Moscas e apreciar dali as ruelas bem cuidadas e os seus passadiços
característicos.
Vale a pena conhecer, para além da Igreja Matriz (Séc.
XVIII), a Capela da Nossa Senhora da Assunção, a Capela de Santa Rita e a
Capela do Senhor dos Passos. Mais acima, numa colina próxima, encontra-se a
Capela de S. Bartolomeu, a da Senhora da Guia e a da Senhora das Necessidades.
Merece ainda uma visita a Torre da Paz, a Ponte Fundeira, o passadiço e a Casa
Simões Dias, poeta e professor nascido nesta terra, os vários painéis de
azulejos espalhados pela aldeia, o Moinho do Figueiral e os lagares de azeite.
De resto a Benfeita é uma aldeia como tantas outras, quase
deserta na maior parte do ano, retrato perfeito de um lugar onde ficaram os
velhos à espera de que os novos regressem um dia. Sitio onde o tempo passa
devagar, e os poucos que restaram, se vão reunindo na praça e em esplanadas ou
simplesmente se deixam ficar no quintal, a desfrutar do sol do fim de verão
enquanto alguns gatos brincam com os insetos que por ali se atravessam, mal
adivinhando a sua sorte.
Inserida em plena Paisagem Protegida da Serra do Açor, por
aqui a Ribeira de Degrainhos precipita-se numa queda de água com uma altura de
19 metros, dando origem a um pequeno lago onde é possível tomar banho, mas só
os mais corajosos, porque como o sol não entra tão fundo, e a água é
verdadeiramente gelada. Lugar obrigatório de visita, sendo ainda excelente para
fazer um pic-nic ou um lanche em família, daqueles à moda antiga e que sabe bem
nem que seja uma vez por ano.
Por último, a Mata da Margaraça. Daqui saiu madeira para o
retábulo da Igreja da Sé Nova (Coimbra) e para a construção de uma antiga ponte
sobre o Mondego, em Coimbra, no início do séc. XVIII forneceu madeira para a
construção do Convento de Santo António. Esta Mata corresponde a uma das mais
notáveis florestas caducifólias existentes em Portugal. Por aqui abundam
carvalhos, castanheiros, cerejeiras, ulmeiros, azevinhos, freixos, azereiros.
Ainda é possível encontrar arbustos variados e flores inesperadas como algumas
espécies de orquídeas, verdadeiras raridades.
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