Associação Portuguesa de Centros Comerciais assinala 35 anos
Para ler na integra porque se tem muito interesse um congresso onde se debata o futuro dos centros comerciais, deve ser também uma preocupação da sociedade o futuro dos espaços existentes e que estão fechados ou à beira da morte, quando se podiam reinventar e ter uma nova vida.
A Associação Portuguesa de Centros Comerciais, que congrega
empresas investidoras, promotoras e gestoras, para além de empresas de comércio
a retalho e fornecedores de serviços ao sector vai assinalar o seu 35.º aniversário com a
organização do seu VI CONGRESSO, a 28 e 29 de Maio, que trará a Lisboa alguns
dos maiores especialistas internacionais em inovação no retalho, marketing,
foodservice e food & beverage, disrupção digital e futurismo. O congresso
terá lugar no Museu do Oriente.
Entre os oradores no evento destaca-se o Comissário Europeu
Carlos Moedas, que falará sobre o tema “A inovação como motor da Mudança”.
Entre os oradores estão também o futurista Gerd Leonhard, que fará uma
intervenção sobre “Humanidade e Tecnologia – os próximos 10 anos”; o consultor
Ken Hughes, reconhecido como uma das maiores autoridades mundiais em
comportamento do consumidor e do comprador, que vai falar sobre Inteligência
Artificial; e o marketer JJ Delgado, que foi responsável pelos serviços de
Marketing da Amazon para a Europa do Sul entre 2014 e 2017 – e pelo dia em que
a empresa vendeu mais fora dos Estados Unidos. Fará uma intervenção sobre os
novos ecossistemas digitais.
Os 84 centros comerciais Associados da APCC foram
responsáveis, em 2018, por uma facturação de cerca de 10 mil milhões de euros
(+4,7% em relação a 2017), que resultaram de aproximadamente 560 milhões de
visitas (+4,5% em relação a 2017). Adicionalmente, são responsáveis pela
criação de mais de 100 mil postos de trabalho directos, para além de 200 mil
indirectos e induzidos, contribuindo para o desenvolvimento local e regional do
país.
Esta é a noticia que decidi partilhar quase na integra mas
aproveito também para partilhar a preocupação que tenho relativamente a vários
espaços comerciais que tiveram o seu auge, caíram e ficaram as estruturas abandonadas,
à espera de um futuro que tarda em chegar ou então num estado de semi decadência
que mete dó.
Ao ritmo a que a sociedade muda, urge reinventar os espaços
existentes e que não têm os resultados esperados, criando uma nova dinâmica adaptada
à sua realidade local. Diria que é urgente começar de novo, dar vida aos
pequenos centros comerciais característicos de pequenos centros urbanos ou da periferia,
fomentando a procura de novos clientes. A sua degradação, ao contrário do que
se pode pensar, não vai trazer mais volume de vendas para as grandes superfícies
mas vai sem duvida fomentar um ambiente decadente, a ter um conta quando
pensamos que queremos uma sociedade plenamente integrada.
Podem até achar que não tem nada a ver mas na minha opinião
um bom exemplo são os mercados de Lisboa e Porto, a ganhar nova vida, depois de
uma forte aposta na reinvenção do conceito e parece-me que vendo o resultado
positivo podemos concluir que saímos todos a ganhar.
Comentários
Enviar um comentário