Bussaco na corrida a Património Mundial da UNESCO e mais
( Foto: Pedro Brito)
Foi apresentada na
BTL a Candidatura do Bussaco a Património Mundial da Unesco
“O ‘Deserto dos
Carmelitas Descalços e Conjunto Edificado do Palace do Bussaco’ congregam um
património de incomensurável valor cultural, histórico, patrimonial, religioso,
militar e natural. Há aqui uma riqueza fabulosa e única, no seu género, em todo
o Mundo. Ora, tendo a UNESCO inventado, em 1972, a noção de Património Mundial
para proteger os sítios de valor universal excecional, com os excelentes
resultados publicamente conhecidos, consideramos que é de elementar justiça que
o Bussaco mereça esta distinção”, considera Rui Marqueiro, presidente da Câmara
Municipal da Mealhada.
Para além do prestígio e da justiça da classificação UNESCO,
o presidente da Fundação Mata do Bussaco, António Gravato, fala em números: “em
2016, mais de 250 mil pessoas, provenientes de 55 países, visitaram a Mata
Nacional do Bussaco, o que representou um aumento de entradas na ordem dos 9%
face a 2015. Acreditamos que, com o selo de Património Mundial e a avaliar
pelos exemplos de Coimbra, Sintra, Porto, Alto Douro Vinhateiro, e Guimarães,
iremos registar um aumento de procura, num horizonte de dez anos, de 300%”.
António Gravato lembra que “o Bussaco é uma paisagem
construída pelo Homem, não só pela importação e plantação de espécies arbóreas
e arbustivas indígenas e exóticas, como também pela construção de elementos
arquitetónicos de diferentes períodos da História portuguesa, configurando a
Mata numa simbiose perfeita do trinómio Homem-Natureza-Cultura”.
“Após a classificação da UNESCO, acreditamos que, no prazo
de dez anos, iremos passar das atuais mil camas para 1500, e das atuais 80 mil
dormidas anuais para 160 mil, o que contribuirá para um aumento importante na
percentagem de dormidas registadas na região Centro”, afirma o presidente da
Fundação.
Crianças de Eiras
artistas pela primeira vez no Festival de Artes do Bussaco
A Fundação Mata do Bussaco já começou a trabalhar com
crianças das escolas de Eiras, Santa Apolónia e Adémia, no concelho de Coimbra,
para preparar a encenação de uma peça de
teatro, subordinada ao tema “Os animais da selva”, que será levada à cena, nos
dias 24 e 25 de junho, na Mata Nacional do Bussaco.
Esta iniciativa cultural e artística, que irá proporcionar a
centenas de crianças e jovens socialmente desfavorecidos a possibilidade de
serem artistas e eventualmente descobrirem uma vocação profissional, está
enquadrada no projeto MataBoo, que é financiado pela Fundação Jumbo para a
Juventude, apadrinhado pela Loja Jumbo de Eiras, desenvolvido pela Fundação
Mata do Bussaco, produzido pela Associação Escolíadas e apoiado pela Câmara
Municipal da Mealhada.
MataBoo é um projeto cultural, submetido ao concurso “Juntos
pela Juventude”, que tem como objetivo potenciar os recursos naturais da Mata
Nacional do Bussaco, dirigindo-os para atividades que sensibilizem o público
jovem no âmbito da educação ambiental.
O 1º Festival de Artes “Catrapim”, que representará o
culminar/encerramento do projeto MataBoo, irá decorrer em sete palcos dispersos
pela floresta e será um evento aberto ao público em geral, pensado para
famílias com crianças, dois dias divertidos e dinâmicos na Mata Nacional do
Bussaco.
“Estamos já a trabalhar, desde outubro de 2016, com o
inestimável apoio financeiro da Fundação Jumbo para a Juventude, na preparação
de um trabalho artístico e cultural que vai dar oportunidade a muitas crianças,
sobretudo as socialmente mais desfavorecidas, de serem artistas pela primeira
vez e de pela primeira vez subirem a um palco, com uma produção cénica/teatral
muito profissional, graças à ajuda da experiente Associação Escolíadas e ao
apoio logístico da Câmara Municipal da Mealhada. Quem sabe se algumas destas
crianças e jovens não terão aqui a oportunidade de descobrir a sua vocação e de
todos nós não detetarmos talentos de que nos venhamos mais tarde a orgulhar”,
afirma o presidente da Fundação Mata do Bussaco, António Gravato.
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