Caldas da Rainha – porque existem terras que nos provocam borboletas no estomago



Depois da leitura da edição do mês de Agosto da revista UP, a revista de bordo da TAP, onde as Caldas da Rainha e a Foz do Arelho servem de pano de fundo a uma entrevista com o musico Frankie Chavez e de três semanas de ferias recém terminadas mas ainda a borbulhar na imaginação, esta é a altura ideal para apresentar esta terra, a cerca de uma hora de carro de Lisboa e onde se continua a viver de uma forma única.




As Caldas da Rainha têm uma forte tradição termal, que vem do tempo dos reis (e daí seu nome), e um grande reconhecimento a nível cultural, especialmente na área da cerâmica. Para além dos artistas reconhecidos internacionalmente e ficaram para sempre ligados à terra como Malhoa e Bordalo Pinheiro, as Caldas tem-se distinguido pela formação de jovens artistas que dão à cidade um cariz algo irreverente muito próprio daqui.



No entanto as Caldas não vivem só de arte, a indústria e a agricultura continuam a ser os motores da economia local. Por aqui convivem tranquilamente artistas e agricultores, músicos e empregados fabris, num caldeirão de mini culturas onde todos ficam a ganhar. A tolerância e a determinação são caraterísticas muito fortes das gentes desta região.




 
A vida por aqui é tranquila 11 meses no ano e a qualidade de vida é um dos pontos fortes da cidade, o outro é a proximidade da capital. Em agosto, com as férias do emigrantes e os turistas que invadem as proximidades tudo muda, para em finais do mês, quando acabam as festas tradicionais das terrinhas que rodeiam a cidade, tudo voltar de novo ao normal. No entanto, apesar desta calmaria, a cidade é jovem, tem estudantes de artes que vêm de fora para frequentar a faculdade e os jovens que foram estudar para fora mas que regressam assim que podem para viver e criar raízes por aqui. Esta é outra característica das Caldas da Rainha, quem conhece aprende a amar e já não passa sem cá voltar.


 

Os locais a não perder são já sobejamente conhecidos de todos: a Praça da Fruta é obrigatória pela sua diversidade, qualidade, preço e por ser ao ar livre. Numa praça recentemente arranjada, vale a pena levantar cedo num sábado ou domingo de manhã e fazer por aqui as compras da semana;


O parque da cidade, onde se pode lamentar o magnifico edifício, que já foi quartel, escola e até biblioteca e agora está ao abandono mas que podia dar origem por exemplo a um excelente hotel de apoio ao hospital termal, paredes meias com o parque e que se encontra neste momento muito aquém da sua capacidade no que diz respeito ao aproveitamento para o turismo termal;





 
Os vários museus, localizados no centro da cidade, tão próximos que se podem visitar todos a pé;


A Fabrica Bordallo Pinheiro, que tem venda ao público e onde se podem comprar verdadeiras obras de arte da cerâmica tradicional portuguesa; A fábrica de sabonetes Foz e a fábrica de velas Promol, que embora menos conhecidas são também uma referência para quem conhece bem a cidade;  


O centro da cidade, com ruas vedadas ao trânsito, onde os peões são reis e o comércio tradicional ainda se vai apresentando ao público cheio de vontade de permanecer por muitos anos;

 

A Foz do Arelho, onde a Lagoa de Óbidos se une ao mar dando origem a uma praia de vasto areal e com características únicas e depois, continuando pela costa, o pouco conhecido a quase perdido no tempo Salir do Porto e logo de seguida S. Marinho do Porto;



Os bons restaurantes e uma variada programação cultural do Centro Cultural das Caldas são outros dos seus pontos fortes;
O último, as suas gentes boas a trabalhadoras, que nunca baixam os braços, que lutam determinados pelos seus objetivos e que passam esses princípios para os filhos, como sendo a melhor herança que lhes podem deixar.   

 

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