A Vida é Bela na bela Toscana
Temos a sorte de ter Itália aqui tão perto que é quase um pecado
não a conhecer. Atualmente é fácil e relativamente económico partir à
descoberta deste belo país mas como existe muito para conhecer e explorar convém
antes de inicial a viagem, escolher muito bem o que vai visitar pois é fácil cair
em tentação e querer ficar um pouco mais.
Quando se pensa em Itália alguns lugares comuns começam a
bailar na nossa imaginação como os monumentos, a excelente comida, o
maravilhoso vinho, as belas paisagens e a musicalidade da língua italiana. Mas
a Itália é muito mais do que estes lugares comuns. É um país cheio de história,
orgulhoso da sua cultura e com um clima de fazer inveja ao nosso, logo
excelente para pequenas viagens, daquelas que nos enchem o ego de cultura,
cheiros e sabores e nos obrigam a voltar muitas vezes.
A Toscana é das maiores regiões italianas em território e habitantes,
estando localizada na região central e cuja capital é Florença. É banhada pelo Mar
da Ligúria e o Mar Tirreno e o principal rio que a percorre é o Arno, que
atravessa as cidades de Florença e Pisa. A região, das mais belas de Itália,
orgulha-se de se a terra dos vinhos Chianti, mas também dos artistas de
Leonardo DaVinci e Michelângelo e das famílias Medici e Gucci.
Dos vários filmes rodados nesta região fica para sempre na
memoria de todos o grande drama “ A Vida É Bela”, filme italiano de 1997, dirigido
e protagonizado por Roberto Benigni e cuja ação decorre na Itália, tendo sido filmado
nesta região.
O drama decorre à volta de Guido, um judeu, que é enviado
para um campo de concentração durante a segunda guerra mundial, juntamente com
seu filho, o pequeno Giosuè. Durante todo o filme Guido consegue fazer com que
o seu filho acredite que a experiencia no campo é um jogo, evitando que o seu
filho se aperceba de todo o horror que se decorre à sua volta. Com muita
sensibilidade, humor e imaginação este pai dá vida pelo seu filho, deixando-nos
uma maravilhosa história de entrega e de amor.
De surpresa em surpresa, caminhando por esta região com
tanto para conhecer, desde pequenas igrejas seculares muito bem conservadas, a
pequenos cantos decorados com estatuas, às belas paisagens a perder de vista,
não deixando de pensar nas janelas repletas de flores, nas alegres cores das
casas e nas esplanadas ao ar livre, mesmo a pedir uma pequena paragem para uma
bebida refrescante. Nas ruelas das vilas, a paz que se sente no ar interioriza-se
na alma e torna-se parte de nós. Aproveite para respirar fundo pois o ar que se
sente é limpo.
É difícil escolher as melhores localidades para visitar na Toscana.
Ficam duas sugestões, Sienna e Florença.
Sienna é uma cidade construída em redor da Piazza del Campo.
O seu centro histórico tornou-se Patrimônio da Humanidade declarado pela UNESCO
em 1995. Recomenda-se vastos passeios pelas ruas estreitas, que contrastam com
a vasta praça principal e uma visita à sua catedral, exemplo maravilhoso da arquitetura
gótica. Deixe-se ficar a aproveite para conhecer o vinho da região, acompanhado
de uma bela refeição, bem ao nosso gosto.
E finalmente chegamos a Florença, uma cidade que reconhecida
pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade em 1980. O seu centro histórico é
delimitado pelas antigas muralhas medievais do século XIV, sendo símbolo vivo do
Renascimento. A não perder a visita à catedral de Santa Maria del Fiore, a
Igreja de Santa Croce, o Palácio Pitti e as obras de grandes mestres como
Giotto, Brunelleschi, Botticelli e Michelangelo, que estima-se que
aproximadamente 40% do acervo artístico de Itália está espalha pelos museus e pelas
ruas de Florença. Tendo crescido nas margens do Rio Arno, a cidade preserva até
hoje pontes ancestrais únicas, bem como belas casas, com cúpulas primorosamente
decoradas.
Quem passa por Florença não vai embora sem conhecer a Ponte
de Vecchio, um dos símbolos da cidade, existente desde a época romana e que
escapou ao bombardeamento da cidade durante a Segunda Guerra Mundial. A sua característica
mais original são as lojas que a constituem e que funcionam até hoje, depois de
várias reconstruções ao longo da história.
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