A história de uma viagem à Colombia - 1º Capitulo
Em Memoria de Bruno Pereira que me acompanhou em algumas
viagens fantásticas, inicio hoje este ciclo sobre a Colômbia.
Muitas viagens ficaram por fazer, no entanto, ficam as boas
recordações com uma companhia cinco estrelas.
Até um dia Bruno, e até lá, de onde estás, se puderes, recorda
connosco como foi bom fazer esta visita à Colômbia.
A Capital Bogotá, de
tirar a respiração
Na origem do nome Colômbia está segundo uns “pomba branca” e
de acordo com outros, Cristóvão Colombo.
Se tudo isto parecem histórias antigas contadas por guias turísticos
locais e eventualmente com pouco fundamento, algo bem real a ter em
consideração antes de iniciar a viagem é a diferença horária de 6 horas que
juntamente com a altitude de Bogotá (fica a 2600 metros) pode provocar alguma
indisposição mas que passa ao fim de um ou dois dias. Dizem que se o mal-estar
for grande, beber um pouco de chá de coca também ajuda.
Factos curiosos sobre esta cidade são por exemplo que Bogotá
é conhecida pela cidade vermelha devido aos tijolos que ornamentam as casas e
que um pouco por graça diz-se que Bogotá é sinónimo de Dogotá. Dando uma volta pela cidade entende-se
rapidamente porquê. Os cães são animais estimados por todos e acompanham os
donos em todas as atividades de lazer. Sempre com trela, a pé, a fazer jogging
ou mesmo a andar de bicicleta são companhia indispensável do dia-a-dia.
É fácil
orientarmo-nos por aqui pois o sistema de ruas é alfanumérico dividindo-se em
“cales” e “carreteras”. Quanto ao clima a temperatura média ronda os 16 ºC
tendo pouca variação térmica ao longo do ano, no entanto, leve uma capa para a
chuva pois a proximidade da serra pode trazer uns borrifos de água até á
cidade.
Embora os melhores hotéis estejam situados na zona dos
bairros residências chiques e das multinacionais, a não perder nem que seja só
para conhecer o espaço, o B.O.G Hotel, situado na Carrera 11. Este hotel foi
decorado pela arquitecta madeirense Nini Andrade e é um apelo aos sentidos onde
predominam os tons quentes e escuros, sendo contudo um espaço sofisticado pouco
indicado para famílias com crianças.
Ninguém passa por Bogotá sem de conhecer o Museu do Ouro. Só
vindo aqui é que é possível ficar a conhecer a história da invasão espanhola e
da fundação do país. O museu do Ouro possuiu uma das maiores colecções de
objectos pré-hispânicos do mundo. Um museu verdadeiramente admirável e que
ajuda a conhecer a realidade do povo colombiano, cujas raízes estão presentes até
hoje na sua cultura.
Outro museu a não perder é o Museu Botero. Aqui estão expostas
208 obras do famoso artista colombiano Fernando Botero, que retrata as formas
humanas com um volume exagerado, daí serem conhecidas como as “gorditas”.
Daqui ao centro histórico e boémio, a La Candelaria é um
instante. Não se pode deixar de conhecer as ruas com as suas janelas coloniais
de madeira, as casas de cores fortes, a arte urbana dos graffitis conjugada com
a história das paredes antigas. Vale a pena perder-se a pé pelas ruelas,
visitando pequenos cafés, lojas de souvenirs ou comprando artesanato na rua aos
vendedores locais. Aqui dominam as cores vibrantes e sente-se viva a história
em cada detalhe.
Mas é também aqui que é possível encontrar um painel de
azulejo português oferecido pelo governo português ao governo colombiano. É um
prazer imenso, de repente, sem se estar à espera, encontrar um pouco da nossa
história mesclada com a história deste povo fascinante.
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