Relatório “Tendências de Consumer 2020”



Recebi esta informação e achei interessante partilhar, embora não seja tão generalista como o que costumo fazer, toca em pontos fundamentais, a ter em conta por todos os especialistas de marketing e gestores de marcas. Conhecem as tendências do consumidor para 2020? Se tiverem algum produto ou serviço para vender é bom que se vão mantendo informados porque ao ritmo a que tudo muda, pode ser muito desafiante conseguir manter o cliente atento e com interesse em adquirir o que se pretende comercializar e os desafios não são só o preço, a concorrência, a forma como o promovemos ou a forma como fazemos a sua venda, como se pode pensar à primeira vista.
Em marketing, logo que começamos a estudar, temos de fixar os 5 P´s, base de toda a estratégia, produto, preço, praça ( lugar ), promoção e pessoas. É precisamente por pensar em pessoas que temos de nos debruçar sobre este estudo.
O relatório “Tendências de Consumer 2020”, elaborado pela Área de Consumer Engagement da LLYC, a consultora global de comunicação e assuntos públicos, revela as 10 tendências do comportamento do consumidor em 2020, tendências que vão determinar o comportamento dos consumidores nos próximos tempos e que são influenciadas por fatores tão complicados  como a evolução dos fenómenos demográficos, o impacto dos fatores macroeconómicos e a consolidação das novas tecnologias.
Ainda a ter em conta o ativismo pós-geracional, o desafio alimentar, o paradigma pós-crise, o vínculo emocional com as marcas bem como a procura de informações através da voz. Não é fácil de entender, pois não? Então pensem nos desafios que são colocados aos marketeers por esse mundo fora uma vez que de facto é cada vez mais complicado definir caminhos que permitam conseguir antecipar resultados com sucesso.
Nas palavras de David González Natal, sócio e diretor sénior da área de Consumer Engagement da LLYC, “o consumidor contemporâneo não age de forma isolada, sendo os seus comportamentos afetados pelo ecossistema e pelo ambiente onde se insere. Neste ponto, a nossa oferta ao consumidor será apenas uma proposta de valor se conseguirmos detetar as novas correntes e antecipá-las com sucesso num contexto de constante mudança”.
Posto isto passo a apresentar, tal como recebi, algumas das principais tendências para 2020:

1.            Consumidor em crise
Qual é a lógica de consumo? A questão coloca-se porque, se há algo que se destaca nos hábitos do novo consumidor é a sua lógica – a linha de raciocínio que segue – antes de tomar uma decisão de compra, uma vez que este consumidor amadurecido teve de enfrentar tempos de crise, o pagamento de dívidas e a necessidade de poupança, no melhor dos casos. Ele teve de reduzir os gastos e o novo paradigma pós-crise (ou talvez não tão pós) continuará a funcionar como um círculo vicioso, ou virtuoso, no qual as marcas e os consumidores se verão envolvidos, dominados pela premissa de consumir cada vez menos e melhor.

2.            Foodemic
A comida está a transformar-se progressivamente numa discussão com traços epidémicos, não só devido à respetiva escassez, mas também devido a uma miríade de temas relacionados, entre os quais estão o crescimento das taxas de obesidade nos países do primeiro mundo, a obsessão por alimentos saudáveis, o impacto da exploração animal no meio ambiente, entre outros. Estes fatores alimentarão, nos próximos anos, as conversas sobre uma visão diferente dos alimentos com implicações ambientais, económicas e geopolíticas.

3.            Forever Young
Ser jovem para sempre é cada vez mais o sonho das multidões, o que tem implicações tanto para o consumo quanto para o desenvolvimento ou a emergência de novas indústrias. O mercado global do bem-estar cresceu 12,8 % entre 2016 e 2018, o que a torna numa indústria de 4,2 biliões de dólares. Isto constitui um vasto leque de oportunidades para as empresas que querem chegar a um consumidor cada vez mais obcecado com a preservação da sua juventude a qualquer custo.

4.            Consumidores de marcas
Dispositivos wearables, o desenvolvimento do Smart Data (dados inteligentes), a inteligência artificial, o pagamento sem contacto, os sistemas e a omnipresença da conetividade são apenas alguns dos muitos avanços tecnológicos que têm vindo a influenciar o perfil destes novos consumidores de marcas. A convergência dos avanços tecnológicos com clientes mais informados e exigentes está a transformar os consumidores em gestores das suas próprias experiências de consumo e as marcas num conjunto de ferramentas para o conseguir.

5.            A era da previsão
Num mundo cada vez mais centrado no consumidor e nas suas necessidades, é fundamental a capacidade de identificar tendências, insights e novos comportamentos que permitam projetar as experiências que irão satisfazer o consumidor do futuro iminente. A análise previsional usa a ciência para prever o que vai acontecer no futuro: desde aquilo que os clientes vão querer até ao funcionamento do mercado, passando pelas principais tendências.

6.            Retail Reborn
Fazer com que as compras sejam mais «uma experiência» é algo que algumas marcas já estão a tentar oferecer. A chave do sucesso do retalho na era digital é dar às pessoas uma razão para irem às lojas e garantir que elas tenham uma boa experiência enquanto lá estiverem.

7.            Ativismo pós-geracional
A atual popularidade e a ênfase no ativismo têm adquirido cada vez mais seguidores, sendo o «envelhecimento» das redes sociais uma das razões. Cada vez mais pessoas mais velhas participam como utilizadores ativos, levando a que o ativismo social não seja apenas do domínio dos jovens, esbatendo as idades daqueles que se debatem por uma causa. O ativismo social é, para alguns idosos, uma ocupação que permite a aplicação da sua experiência de vida, das competências e dos conhecimentos, em prol da transformação social e comunitária, oferecendo oportunidades para irem além das ocupações tradicionalmente vistas como apropriadas para este grupo.

8.            Uma nova calma
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o stress laboral foi catalogado como uma das doenças que melhor caracteriza o século XXI. No caso das marcas, este mesmo fenómeno dá origem ao calm marketing. Isto marca, sem dúvida, o início de uma mudança de paradigma que vem sendo feita há alguns anos, uma vez que o excesso de «ruído» para as pessoas fez com que as estratégias tradicionais de marketing tenham sofrido uma mudança importante.

9.            Human Search
A tecnologia está atualmente a dar o salto emocionante e definitivo que a tornará verdadeiramente ubíqua na nossa relação com as marcas através da tendência a que chamámos Human Search: uma forma profundamente natural de conduzir as buscas que realizamos (através da voz e da imagem).

10.          Consumidores Sibaritas
Um estudo da EAE Business School sobre as perspetivas para o consumidor de 2030 prevê um tipo de comprador mais requintado, mas não necessariamente mais rico, e que, por isso, luta pela democratização do luxo. Esta democratização pressupõe que qualquer pessoa pode comprar um determinado artigo, mesmo que tal exija que outras variáveis da vida sejam postas em cheque. É esta uma das muitas variáveis que definem o Consumidor 3.0.
Então ainda acha que ser um profissional é fácil? Agora imagine como é cozinhar tudo isto de forma a preparar um prato que seja apetecível e consumível, conseguindo poupar ao máximo nos gastos, atingir metas e obter lucro!


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