M de Marketing - Gin Alentejano Está na Moda e eu Gosto

Nem sei bem como foi ou porque é que toda a gente anda agora de copo de gin na mão em festas e eventos sociais. Também não sei se é causa ou consequência mas a produção de gin em Portugal, nomeadamente no Alentejo, tem vindo a ganhar uma dinâmica muito própria e que vale a pena conhecer um pouco melhor.

Neste caso o gin artesanal e os vinhos do Monte da Bica ganharam vida em Lavre, num Alentejo que inspirou e desafiou três empreendedores a apostarem neste projeto que pretende celebrar sabores e aromas daquela região.

O Bica Gin nasce pela iniciativa de dois empreendedores, Paulo Martins, um cozinheiro de profissão e conhecedor dos botânicos e João Oliveira, um perito no seu conhecimento e paixão pelo Alentejo, que ao longo de dois anos pesquisaram, estudaram afinaram e testaram a receita que dá vida a este gin.

Criado especialmente para a “Destilaria Monte da Bica” este gin é aquecido a lenha numa fornalha em “tijolo de burro” e com lentilha de refluxo sendo o alambique é a peça fundamental para que o conceito se mantenha totalmente artesanal e é desta harmonia entre os sabores do campo, a pureza água, a técnica da máquina e o saber do homem, que nasce o Bica Gin.



A par do gin, os vinhos são o mais recente desafio do Monte da Bica. Desta vez pela mão João Oliveira e do enólogo André Herrera. Em agosto de 2016 a vinha não estava a amadurecer, e por isso começaram a tirar uvas para remover o castelão e, ao porem estas uvas no chão, viram uma segunda floração, as chamadas uvas netas, que vingaram e tiveram boa maturação. Com isto, decidiram levar as netas, que foram as primeiras a ser colhidas e as primeiras a entrar na adega. Mais tarde, em outubro, foi colhido o castelão, que mostrou um interessante requinte, que foi mote para arriscarem e seguirem em frente com este novo desafio. E afinal não arrancaram o castelão. E estavam escolhidos os nomes dos vinhos: os mais óbvios “Monte da Bica”, tinto e rosé, o “As Netas Chegaram Primeiro” e o “Afinal não arrancamos o Castelão”, que contam a história de como nasceram