Um Dia de São Martinho no Alentejo

Hoje nem a chuva forte me fez ficar em casa. Não preciso de muito para sair à descoberta do Alentejo, do seu vinho e da sua gastronomia. O que eu gosto mesmo, o Alentejo profundo, estava à minha espera na Herdado do Rocim, mesmo à beira de Cuba.
O dia 11 de Novembro foi um excelente pretexto porque é o dia que por tradição e por Portugal fora se abrem as talhas. Vindos de várias regiões do nosso país e do estrangeiro ( descobri vinhos da talha franceses, um italiano e até um vindo da Arménia!), todos tinham em comum o vinho novo, que tal como os adolescentes é cheio de vigor mas ainda lhe falta a maturidade que só vem com o passar dos anos.
O vinha da talha é um vinho com um cheiro e um sabor mais intenso, dado pelo tempo que fica nas talhas de barro. Pode-se considerar que em Portugal, o Alentejo tem sido um grande protetor destes vinhos, tenho vindo a preservar até aos nossos dias um processo de vinificação que chegou cá pela mão dos romanos.
A embalar a prova destes vinhos, a excelente música do Alentejo e vários petiscos da região.
Apesar da distancia que me poderia fazer ficar em casa valeu a pena esta viagem porque encontrei um Alentejo verdejante, pleno de vários cultivos que inclui a azeitona, a vinha e o milho. Aqui e ali, os animais decoram a paisagem e espantosamente, esta terra é tão boa e rica, que descobri dois ninhos de cegonhas com as aves por perto, algo fez com que estes dois casais não partissem com o bando e ficassem por estas terras quentes e onde os tons de outono  dão à paisagem as tonalidades únicas que encontramos na natureza.



















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