Cheia de coisas para fazer….Vila Franca de Xira



Já pensou em conhecer aquelas terras de que não se lembra logo, assim que pensa em fazer um pouco de turismo cá dentro?


Algumas das nossas terras carregam a marca de que nada de interessante pode acontecer por lá, e por isso também não se procura conhecer mais, e essas terras, não tendo procura, muitas vezes também se deixam ficar, numa madorna em que nada acontece. Deixa-se andar….


E Por Portugal fora existem milhares de terras, pequenos pontos, cada qual com a sua beleza, que não estão cheios de gente e que estão ali, à espera, prontas para serem descobertas. Enquanto os turistas se lambuzam com as maravilhas das grandes cidades, nós podemos aproveitar e conhecer melhor os pequenos pontos, as pequenas terras, o que Portugal tem de melhor.


Vila Franca de Xira não é propriamente conhecido como um destino turístico mas tem vida e vale a pena conhecer um pouco do que se passa por lá.


Assim, de 16 de abril a 2 de outubro, pode visitar a exposição “Os Ciclos do Arroz”, com a curadoria de João Madeira, no Museu do Neo-Realismo em Vila Franca de Xira.


Este museu prossegue a sua ação na promoção e divulgação do legado cultural do movimento neorrealista português com a implementação de uma exposição temporária subordinada ao tema do ciclo do arroz. A denominação resultou da experiência coletiva, artístico-literária, realizada em 1953 por iniciativa do escritor Alves Redol, na qual participaram Júlio Pomar, Rogério Ribeiro, Alice Jorge, Cipriano Dourado, Lima de Freitas e António Alfredo, e que consistiu nas jornadas que efetuaram aos arrozais do ribatejo, para que contactassem de perto com os trabalhadores, o seu modo de vida, as condições e a dureza do trabalho nos campos de arroz.


O registo desse trabalho de campo, sob a forma de apontamentos, fotografias, esquissos, desenhos ou estudos, seria utilizado como matéria-prima e fonte de inspiração para os trabalhos artístico-literários que foram produzidos pelos participantes, quer na criação de obras de artes plásticas, nas técnicas do desenho, da gravura ou da pintura, quer na produção literária.


Ainda outra exposição, desta vez patente ao público até 8 de maio, trata-se de "O Cartoon de regresso a Vila Franca de Xira"! E pode ser vista no Celeiro da Patriarcal em Vila Franca de Xira, de 3.ª a 6.ª feira das 14h00 às 19h00, sábado e domingo das 15h00 às 19h00. Encerra à 2.ª feira e feriados.


Criada em 1999, a mostra reúne trabalhos de alguns dos maiores cartoonistas portugueses da nossa atualidade. O elenco presente integra os nomes de António, Bandeira, Brito, Carrilho, Cid, Cristina, Gargalo, Gonçalves, Maia, Monteiro e Rodrigo, autores estes que, através dos seus trabalhos, fazem a retrospetiva do ano 2015, passando revista aos seus principais factos, acontecimentos e personagens.


Desde há alguns anos foi assumida a vertente da internacionalização do “Cartoon”, com o convite a um autor estrangeiro de referência. Na edição deste ano, está presente a autora belga Cécile Bertrand, com a exposição “25 Anos de Desenhos - 1990/2015”.


O último destaque vai para mais uma edição do Prémio Carlos Paredes.


O prazo de candidaturas à edição de 2016 do Prémio Carlos Paredes decorre até 22 de abril. Este galardão, instituído pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, em 2003, tem distinguido ao longo dos anos nomes tão importantes do panorama musical português como Bernardo Sassetti, Ricardo Rocha, Mário Laginha, Pedro Jóia, Carminho ou Pedro Caldeira Cabral, entre outros.


A este Prémio, cujo objetivo é contribuir para o reforço da identidade cultural nacional, através da música, nomeadamente a não erudita, de raiz popular portuguesa, podem concorrer os trabalhos discográficos que sejam primeira edição e que tenham tido distribuição comercial em 2015.


A iniciativa procura ainda homenagear um dos maiores criadores e intérpretes musicais portugueses do século XX e incentivar a criação e a difusão de música de qualidade feita por portugueses. O vencedor será distinguido com um prémio no valor de 2.500€.



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