Em Fortaleza, Adeus Fortaleza
Sabem o que eu penso sobre viajar? Que nunca é demais.
E podemos regressar varias vezes ao mesmo destino porque bom
e saudável. Esta é a melhor forma de conseguimos perceber como está a evoluir,
se se está a desenvolver, a estagnar ou a eventualmente a perder charme.
E hoje, com 31º graus e muita humidade despeço-me mais uma
vez de Fortaleza e preparo-me para regressar aos 6º que estão em casa. E volto
feliz porque Fortaleza tem vindo a fazer um trabalho muito bom de recuperação
da cidade. Nota-se uma evolução positiva e um esforço para que o turista possa
ser bem recebido e para que se possa sentir feliz e tranquilo por aqui.
Para quem visita Fortaleza pela primeira vez é essencial que
faça um tour pela cidade para perceber como é a cidade se articula, o que não é
difícil pois a marginal ou o calçadão estende-se ao longo da cidade. Com cerca
de 2 milhões e seiscentos mil habitantes a cidade é plana e fácil de se
deslocar. Está organizada em quarteirões sendo que um dos extremos termina
sempre no mar.
Os centros comerciais estão concentrados numa zona que tem o
nome de Aldeola e o centro boémio na Praia de Iracema, zona portuária antiga,
hoje cheia de bares e discotecas. É aqui que fica o Centro Cultural Dragão do
Mar, um centro de cultura e lazer que existe desde 1998.
É também aqui que se fica a melhor noite de Fortaleza! Uma
vez por semana, à segunda-feira, o Pirata enche-se de gente para assistir ao espetáculo
de forró, ouvir musica ao vivo e dançar até não se poder mais. Júlio Trindade
foi o português que em 1986 fundou o bar que é um verdadeiro sucesso. “Rolar o
Bucho, bater a coxa” é obrigatório mesmo para quem acha que não sabe dançar.
Para fazer compras de artesanato é obrigatório visitar o
Mercado central, onde encontra 559 lojas, abertas durante a semana das 08h00 às
18h00, sábado das 08h00 às 16h00 e domingo das 08h00 às 12h00. E ainda o Centro
de Artesanato localizado numa antiga prisão perto do centro da cidade.
A nível de obras recentes com grande impacto no fluxo de
movimento de pessoas, Fortaleza tem um centro de congressos com excelentes
condições e com capacidade para cerca de 30.000 pessoas e o estádio de futebol
Arena Castelão, que foi completamente renovado aquando do Mundial. Para 2017
está prevista a inauguração do Aquário Ceará, uma estrutura que promete vir a
ser um novo polo de atração turística.
O calçadão começa na Praia de Iracema, seguindo para a Praia
de Meireles e acaba em Mucupuri. A maior concentração hoteleira fica na Av. Beira-Mar,
de frente para a praia. Esta, embora não seja boa para banhos por causa do
porto que fica muito próximo, tem uma vida fantástica, cheia de pequenos bares quase
em cima da areia e venda de artesanato. Sem dúvida é a melhor zona da cidade
para se andar a pé, tranquilamente, palmilhando ao longo do mar. E andando por
aqui vai encontrar muito para ver.
Ninguém falha a feira de artesanato, localizada mesmo em
frente ao hotel Oasis Atlântico Imperial. Funciona todos os dias das 17h00 às
23h00 e ao longo de mais de 400 barraquinhas de rua pode-se encontrar de tudo
um pouco: bikinis, roupas de praia, rendas, produtos regionais, artesanato,
malas, sapatos, chinelos e tanta coisa que é fácil perder-se em compras,
aproveitando a onda, agora que o real se está a desvalorizar em relação ao
Euro.
Seguindo pela costa, ainda na zona de Meireles, encontra a
Praça dos Stressados. Trata-se de uma área de lazer onde se pode fazer ginástica,
beber um sumo natural ou uma água de coco e assistir a um show de humor, todos
os dias, às 19h00.
Continuando em frente encontra logo de seguida um lindo
Jardim Japonês, criado para comemorar os 185 anos da cidade e de seguida o
Mercado de Peixe, onde se pode comprar peixe e lagosta se pagando uma taxa
entre 6 a 8 reais pode-se comer no local.
Com as energias repostas depois de comer o maravilhoso peixe
fresco é altura de seguir caminho. À nossa espera, imponente pelo tamanho, está
a estátua de Iracema, termo tupi que significa “Lábios de mel”. Esta índia que
nasceu num livro de José de Alencar é um símbolo do Ceará pois representa a história
da colonização. Aqui, em estátua e junto ao mar, ela está acompanhada do seu filho
Moacir, de Martins Soares Moreno, português, seu marido e do cachorro Japi.
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